Laura Fryer, que lançou o primeiro xbox, critica a mudança de foco da microsoft e alerta sobre o futuro do console
Laura Fryer, cofundadora da equipe que criou o original Xbox e ex-diretora da Microsoft Game Studios até 2012, fez declarações impactantes em seu canal do YouTube: “pessoalmente, acho que o hardware do Xbox está morto”. Para ela, a estratégia atual da Microsoft, centrada em serviços como Game Pass, Play Anywhere e parcerias com terceiros, está destruindo a essência que fez da marca um ícone nos videogames.
Sem inovação no hardware
Fryer destaca que a Microsoft não está lançando um novo console com avanços reais, mas sim se apoiando em dispositivos de terceiros como o ROG Xbox Ally, fabricado pela Asus. basicamente um PC portátil com o selo Xbox. Segundo ela, essas iniciativas não oferecem diferencial suficiente para justificar a compra, pois não agregam valor ao legado de inovação da marca.
Ausência de exclusivos de peso
Outro ponto levantado é a falta de jogos exclusivos de impacto. Títulos como Fable, State of Decay 3 e Perfect Dark enfrentam atrasos constantes, o que reflete uma perda de capacidade de lançar “bombas” — jogos que definem gerações e atraem massa de fãs. Esse enfraquecimento da linha de exclusivos corroeu a identidade que diferenciava o Xbox no mercado.
Exaustão da base tradicional e aposta no digital
O marketing da Microsoft agora considera “qualquer dispositivo” como parte do ecossistema Xbox, sem distinção entre hardware tradicional e serviços digitais. Fryer interpreta essa estratégia como um “caminho lento de saída” do mercado de consoles físicos. O discurso é claro: levar todos ao Game Pass, à custa de abandonar o desenvolvimento de plataformas dedicadas
O que isso significa para o futuro do xbox
A crítica de Fryer ecoa preocupações de fãs e desenvolvedores: sem inovação em hardware e sem lançamentos exclusivos que empolguem, o Xbox pode perder relevância em mercados tradicionais. A consolidação dos serviços digitais oferece retorno financeiro, mas tende a afastar quem busca experiências imersivas e diferenciadas nos consoles.
Apesar de restarem em desenvolvimento mais de 40 franquias dentro da Microsoft Gaming agora com maior recorte multiplataforma, a base do Xbox como plataforma física parece estar diminuindo . O próximo passo será entender se o mercado aceitará um Xbox sem identidade de console, focado apenas na conveniência dos serviços.